(ENEM PPL - 2017)
Ao longo dos anos 1980, um canal esportivo de televisão fracassou em implantar o basquete como esporte mundial, e uma empresa de materiais esportivos teve de lidar, fora do seu programa, com um esporte que lhe era estranho. Correndo atrás do prejuízo, ambas corrigiram a rota e vieram a fazer da incorporação do futebol a seu programa um objetivo estratégico alcançado com sucesso. O ajuste do interesse econômico à realidade cultural, no entanto, não deixa de dizer algo sobre ela: é significativo que o mais mundial dos esportes não faça sentido para os Estados Unidos, e que os esportes que fazem mais sentido para os Estados Unidos estejam longe de fazer sentido para o mundo. O futebol ofereceu uma curiosa e nada desprezível contraparte simbólica à hegemonia do imaginário norte-americano.
WISNIK, J. M. Veneno remédio: o futebol e o Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 2008 (adaptado).
De acordo com o texto, em décadas passadas, a dificuldade das empresas norte-americanas indica a influência de um viés cultural e econômico na
popularização do futebol no país frente à concorrência com o basquete.
conquista da alta lucratividade por meio do futebol no cenário norte-americano.
implantação do basquete como esporte mundial frente à força cultural do futebol.
importância dada por empresas esportivas ao futebol, similar àquela dada ao basquete.
tentativa de fazer com que o futebol transmitido pela TV seja consumido por sua população.